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Nas Sombras

de E. B. Toniolli

Chapecó, Santa Catarina

José leva uma vida aparentemente comum dentro de sua casa. Mas à medida que a noite avança, sinais sutis começam a surgir - movimentos no escuro, sussurros que ninguém deveria ouvir, sombras que parecem mais reais do que deveriam.

Quando seu passado começa a se manifestar de formas inesperadas, a linha entre realidade e delírio se desfaz, levando-o a uma jornada aterrorizante onde a única certeza é que ele não está sozinho.

Uma história intensa, claustrofóbica e imprevisível, que fará você questionar o que realmente está à espreita nas sombras.

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Entrevista

1 - Você pode se apresentar falando sobre sua arte, suas realizações, colaboradores e como se apresenta a cena de cinema independente na região em que você vive.
Meu nome é Toniolli e comecei na arte como ator em diversas peças de teatro na escola. Sempre tive uma grande facilidade em imitar vozes e expressar emoções, mas no final acabava me dando melhor em coisas mais cômicas pelo fato de ser gago. Sempre gostei de música e era um fanático por leitura. Li basicamente todos os livros de literatura infanto juvenil e clássica da biblioteca da minha escola, no interior de Palmitos e a consequência foi começar a escrever ainda na escola. Fui o único na história do colégio que tinha 4 notas 10 no boletim, mostrando que tinha muito reconhecimento por parte dos professores (cheguei até aqui pra mostrar que mesmo sem uma família com histórico de leitura e sem incentivo, na escola tive a base para gostar e ter uma visão mais artística da vida. Sim, escola faz toda a diferença). Depois busquei contato com mais pessoas que tinham essa veia mais cultura e assim fiz amizade com o Petter Baiestorf e ajudei nos primeiros passos da Canibal Filmes, além de, já nessa época, escrever poesias e contos mais na linha de terror por influência dos parceiros, mas também por uma tendência e gosto natural. 
Sou um escritor, cineasta e amante de arte de forma geral. Como escritor, são mais de 30 anos fazendo arte seja através de poesias e contos (sempre de forma independente, organizando e participando de antologias), mais de 500 obras escritas, criei um coletivo chamado Maldohorror, ativo há quase 10 anos que divulga escritores e literatura maldita.
Como cineasta, são mais de 30 anos onde atuei mais como ator e equipe técnico, mas também dirigindo curta-metragens. Gostei do experimental, do fazer por si só, do fazer por diversão, pois a arte é divertida e deixa nossa vida com sentido.
Sempre procurei apoiar outros produtores de arte, ajudando a organizar festivais de música alternativa, criação de logos, de materiais de divulgação, ajudando a vender produtos, colaborando como editor de livros, de revistas, de clips para bandas, de filmes, enfim: sou um amante da arte por que arte é vida e sem ela a vida é uma bosta.

2 - Conte-nos como foram as filmagens de seu segmento para o “Tropical SOV”.
Filmamos o “Nas Sombras” durante a pandemia. Foi minha primeira tentativa na vida de fazer um filme de terror clássico, sério. Fazia parte de uma série de experimentos, pra se testar, pra validar ou descartar formatos e ideias. Decididamente não é fácil, mas é divertido. Para esse curta estava testando pessoal totalmente novo em diversas funções: Barbie Cauzzi – foi a primeira produção dela como maquiadora e produtora – e todos os atores foi a primeira vez que fizeram alguma produção, com exceção da Mary, que é de teatro e do José Pignat, que já havia participado de outro curta meu, “Cão de Guarda”. 
As filmagens em si foram muito divertidas, mas o tempo era curto e a quantidade de cenas muito grande, então tivemos que acelerar algumas coisas em função do tempo.
Mas gosto do filme: foi um bom experimento, uma boa experiência por que a gente só sabe como é fazer quando faz e é isso que é o mais importante. Experimentar, viver a experiência.

3 - Teve algum imprevisto durante as filmagens que você gostaria de nos contar (com todos os detalhes sórdidos, por favor).
Tivemos algumas peculiaridades. Fizemos baldes de sangue pra usar e na hora percebei que tinham encerado o piso da casa, que era vermelho. Então o sangue apareceu pouco. Mas tinha mais de 5 baldes de sangue que foram usados. 
O José teve que ficar se arrastando na casa por 3 horas (casa era dele, então tudo certo – risos) e no final estava cheio de marcas no corpo.
O piso ficou melecado que era quase impossível caminhar: os atores deveriam ficar de pé, mas era impossível por que tinha tanto sangue que eles escorregavam. A equipe técnica também: tinha que ficar se segurando nos móveis pra não cair.
O curta foi a última coisa feita na casa, que seria demolida alguns dias depois. Então pudemos encher de sangue as paredes, o teto, o que foi muito satisfatório. Mas no final limpamos o local.

4 - Você faz parte da primeira geração de Shot On Video organizada, que tentava chegar a um público mais amplo, não só no Brasil, como no mundo. Gostaria que você falasse um pouco sobre o tempo das produções analógicas — você dirigiu algumas experiências em VHS — e os novos tempos, com celulares gravando em 4K.
Participei de muitos filmes feitos em diversos formatos ao longo dos anos, mas acabei me encontrando mesmo quando o digital deixou tudo mais acessível. Procurei levar o meu lado profissional para algo que comunicasse com a comunicação e cultura, sendo repórter, diagramador de jornal, designer, editor de vídeos e trabalhando com marketing. Sinceramente tenho muito orgulho de ter feito muitas produções, principalmente com a Canibal Filmes, mas as minhas produções antigas próprias acabei não dando a atenção que deveria, Mas com o digital consegui ter o controle do processo de forma mais detalhada e ágil, o que facilitou para que eu pudesse dar vazão as minhas ideias.

5 - Nosso projeto “Tropical SOV” celebra o Shot On Video, que sempre foi uma expressão cinematográfica marginal à produção de cinema oficial e inspirado na filosofia do “Faça Você Mesmo”. Que conselho você gostaria de dar (ou qualquer tipo de ponderação) sobre essa arte tão difícil, mas divertida, de se produzir de maneira independente?
Só faça. Tirei as ideias da cabeça e faça.
Todos nascemos com um potencial infinito de criação, mas somos moldados pelo sistema arcaico de aprendizado que nos faz decorar coisas e nos moldar como engrenagens dentro de um sistema que consegue matar a alma criativa das pessoas.
Nossa forma de libertação é a arte. Seja ela como for. Porque é na arte que a gente se expressa como realmente somos.

Erros de gravação

Ficha técnica

Direção e roteiro: E. B Toniolli
Produção: E. B Toniolli e Barbie Cauzzi
Direção de Fotografia: Adriano F. Trindade 
Maquiagens: Barbie Cauzzi 
Edição de vídeo e som: E. B Toniolli 

Elenco:
José Pignat

Nanny Ogliari

Mary Hermes

Chico Silva

Thyba Roque

Gravado com câmera Nikon D7200 com uma lente 18-200 mm e Microfone Takstar SGC-598

Core Filmes

Filmografia

Cão de Guarda (Brasil, 2016, 5 min)
O Último Dia no Inferno (Brasil, 2018, 5 min)
Nas Sombras (Brasil, 2025, 4 min)

REPRESENTAÇÃO

Representação

Distribuição

Informações

Petter Baiestorf

baiestorf@yahoo.com.br

(49) 99807-1432

© 2025 layout por Além da Terra. Editado por Jonathan Rodrigues. Criado com Wix.com

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